Nas últimas duas décadas, o movimento da psicologia positiva iluminou a pesquisa psicológica com sua ciência baseada na felicidade, no potencial humano e no florescimento. Ele argumenta que os psicólogos não devem apenas investigar a doença mental, mas também o que faz a vida valer a pena.
O fundador da psicologia positiva, Martin Seligman, descreve a felicidade como a experiência de emoções positivas frequentes (como alegria, entusiasmo e contentamento), combinadas com sentimentos mais profundos de significado e propósito. Implica uma atitude positiva no presente e uma visão otimista para o futuro.
É importante ressaltar que os especialistas em felicidade argumentaram que a felicidade não é um traço estável e imutável, mas algo flexível em que podemos trabalhar e, em última instância, nos empenhar. A terapeuta especialista em psicologia positiva, Mariana Maciel, lembra que na receita para a felicidade existe espaço para problemas e dificuldades. “Não dá para ser feliz o tempo todo. Esforçar-se por uma vida feliz é uma coisa, mas esforçar-se para ser feliz o tempo todo é irreal”, conta.
Pesquisas recentes indicam que a flexibilidade psicológica é a chave para maior felicidade e bem-estar. Por exemplo, estar aberto a experiências emocionais e a capacidade de tolerar períodos de desconforto pode nos permitir avançar em direção a uma existência mais rica e significativa.
De acordo com Mariana, estudos demonstraram que a maneira como respondemos às circunstâncias de nossas vidas tem mais influência em nossa felicidade do que os próprios acontecimentos. “Experimentar estresse, tristeza e ansiedade a curto prazo não significa que não podemos ser felizes a longo prazo”.
A especialista conta que, em estudos com pessoas que enfrentam traumas, muitos descrevem suas experiências como um catalisador para mudanças e transformações profundas, levando a um fenômeno conhecido como “crescimento pós-traumático”. Frequentemente, pessoas que passam por eventos difíceis, encaram doenças e perdas, conseguem superar estas adversidades, evoluir, e passam a descrever suas vidas como mais felizes e significativas após tais eventos.
E como levar uma vida feliz? Mariana diz que, ao contrário de se sentir feliz, que é um estado transitório, levar uma vida mais feliz tem a ver com crescimento individual por meio da descoberta de um significado. “Trata-se de aceitar nossa humanidade com todos os seus altos e baixos, desfrutar das emoções positivas e aproveitar os sentimentos dolorosos para atingir nosso pleno potencial.” afirma.
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