Uma breve jornada pela história da make

Dolce Selfcare

Cecília Trigueiros

Vamos começar por Cleópatra, a rainha exótica, formosa, sensual, megalomaníaca e os boatos sobre as suas excentricidades como encontrar César escondida dentro de um tapete, cujo escravo o desenrolou, revelando a rainha nua.

Imaginem a expressão do imperador!

Mulher com maquiagem típica egípcia
Imagem de Silvano por Pixabay

Um dos inúmeros encantos da rainha era justamente a maquiagem que era comum aos egípcios, onde homens e mulheres usavam muito kajal preto como lápis bem-marcado e pigmentos coloridos nas pálpebras.

Daí para frente, a maquiagem foi incorporada como um artigo essencial de beleza, variando de acordo com a cultura e maneira com que cada povo se expressa. De qualquer maneira, é acompanhada de tendências universais e cá entre nós, é sempre uma delícia testar aquele batom da moda.

Voltando à antiguidade, as gueixas pintavam o rosto de branco e combinavam com bochechas rosadas. E o fazem até hoje.

Depois desse período, os artigos de beauté viveram inúmeras fases e em alguns momentos foram até símbolo de poder e status.

Quem não se lembra das melindrosas e as boquinhas minúsculas acompanhadas dos olhos grandes e escuros? Coco Chanel que o diga!

Virando algumas páginas, chegamos na segunda guerra, onde as opções de make eram escassas, daí a origem de uma make clean.

Quem não tem cão caça com gato e ponto.

Marilyn Monroe, Acrylic on Canvas
PurPur Communication e.U., CC BY-SA 3.0 DE, via Wikimedia Commons

Pouco tempo depois, a bombshell Marilyn Monroe marcou todo o território mundial com a época que é considerada a mais exuberante de Hollywood. Juntamente com a deusa platinada, vieram as cores nos filmes e um desejo feminino de estar sempre impecável.

Esse conceito mudou com a chegada dos movimentos feministas e a make era vista como algo que forçava os padrões de beleza. Mas mulher é mulher e a icônica Twiggy focou em uma versão mais clean. Ou quase…

Eu diria que é praticamente irresistível o ato de se maquiar. Nada mais natural portanto, queimar sutiãs e usar toneladas de máscara para os cílios ao mesmo tempo, o que foi considerado um marco para a década de sessenta.

Alguém se lembra dos looks vibrantes da Madonna? Os anos oitenta já foram muito criticados. Mas não é que os tons neons voltaram com tudo há alguns anos e ainda se mantém fortes na indústria de cosméticos?

Madonna em Melbourne na Rebel Heart Tour (2016)
chrisweger, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

“A material girl” cravou as suas cores, aplaudimos muito e o meu conselho é:

Nunca se livre de nada da moda porque um belo dia volta!

Mas antes olha a data de validade, combinado?

Sobrevoando os anos 2000, temos a visão aérea das trends que amamos até hoje: gloss, contorno labial, glitter e sombras em tons frios. Que época!

Hoje em dia, a história da maquiagem é diversa e muito ampla. As redes sociais ajudaram a expandir culturas e tendências que vão e voltam e se espalham com a velocidade da luz.

E nós?

A modelo, atriz e cantora britânica Twiggy
Imagem em Le Monde Esthétique

Ah! Nós firmamos a mão para traçar com perfeição o delineado da Cleópatra, levamos chineladas de blush das gueixas, ficamos todas borradas com as inúmeras camadas de máscara da Twiggy e não satisfeitas, abusamos dos brilhos dos glitters da diva dos anos noventa, Beyoncé.

Para finalizar essa viagem tão feminina, falta um item para se ter a boca mais sensual do planeta, à la Marylin Monroe – o atemporal batom vermelho da estrela nos lábios, o Ruby Red, da marca Max Factor.

Agora estamos perfeitas. Então vamos falar em coro?

Obrigada, bonitas milenares!

Cecília Trigueiros é formada em Marketing e maquiadora profissional e especialista em autocuidado e beleza. 

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Ponte do Morumbi, Rio Pinheiros, São Paulo
Imagem por NunysBR, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

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