Força feminina na ruptura do ciclo da violência

Em "A história de como eu morri", J.C. Lydes recorre à ficção para expor realidade vivida por milhares de mulheres

Imagem por Kieferpix em Canva Fotos

Da janela de casa a escritora J.C. Lydes testemunhou em choque um homem agredir a esposa enquanto porteiro e entregador tentavam contê-lo. Sem saber o desfecho da história verídica, mas com determinação de dar voz ao que presenciara, a autora imergiu na criação de Letícia, uma personagem que encarna inúmeras mulheres aprisionadas em relacionamentos tóxicos e abusivos. Esta narrativa é contada em A história de como eu morri.

O marido de Letícia é Carlos, um homem violento, agressivo, que ao longo dos anos a fere tanto física quanto emocionalmente, fatores suficientes para abalar a autoestima e confiança dela. Depois de mais uma briga, seguida por um pedido de desculpas e promessas vazias, ela é agredida por ele em público, na rua.

O que eu estou fazendo aqui?! Eu preciso ir embora. Eu vou ter que contar tudo o que acabou de acontecer. Vão me pedir para detalhar cada uma das brigas, cada uma das vezes em que ele me machucou. E se me perguntarem de quem foi a culpa?! Meu corpo gela e dou um passo para trás. O ar para de entrar e me sinto presa e sufocando. É como se as mãos pesadas do Carlos tivessem voltado para o meu pescoço. Eu não posso fazer isso. Não posso repetir tudo. Fecho os olhos. Não consigo reviver esse pesadelo. (A história de como eu morri, p. 33 e 34)

Imagem por Doidam10 em Canva Fotos

Para moldar de forma mais realística as ações e reações dos personagens à vista desses terríveis eventos, a escritora consultou uma delegada da mulher do Piauí e uma capitã da PM. Ela também se aproximou do grupo de apoio Fala Mulher, a fim de compreender a realidade da violência doméstica, além de estudar a Lei Maria da Penha.

Baseada nessas pesquisas, J.C. Lydes conduz Letícia para uma jornada de reconexão consigo mesma. Isto acontece de forma gradual, quando a personagem recebe apoio da amiga Sarah, começa a fazer terapia e encontra companhia em Alessandra, uma mulher que vivenciou algo semelhante ao que ela passou.  Entretanto, desapegar daquilo que acreditava ser amor revela não ser uma tarefa fácil e, entre recaídas e incertezas, a protagonista, assim como uma fênix, renasce das cinzas.

Nesse aspecto, a ficção se distancia do mundo real, onde quase sempre esse renascimento não se concretiza e parte das mulheres se tornam vítimas fatais, o que faz do Brasil o quinto país no mundo em mortes violentas de pessoas do sexo feminino. Mesmo diante de estatísticas desanimadoras, neste livro, a autora, com uma escrita delicada, traz uma mensagem otimista ao retratar a coragem e a importância de quebrar ciclos.

Imagem por Arada Photography em Canva Fotos

A história de como eu morri

Autora: J.C. Lydes

ISBN: 978-65-00-87595-9

ASIN: B0CF9ZN93Q

Páginas: 259

Preço: R$ 46,20 (Impresso) | R$ 9,90 (digital)

Onde comprar: Loja Uiclap e Amazon

J.C Lydes tem 30 e poucos anos, é baiana, de Salvador, e mora em São Paulo. Formada em jornalismo e com MBA em mídias digitais, trabalhou por dez anos com publicidade e marketing digital, até se descobrir como escritora e mudar completamente de carreira. Tornou-se autora de ficção por paixão aos livros e atualmente se dedica exclusivamente a isso. Seus livros, publicados na Amazon, possuem mais de dois milhões de páginas lidas. De forma independente, lançou A Herdeira – Entre sangue e mentiras, A Queda da Rainha – Jogando com o coração e Nascida nas Sombras – O surgimento de uma lenda.

www.jclydesautora.com.br

@jclydesautora

Colaboração da pauta:

LC Agência de Comunicação

Louise Soares | [email protected]

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