Ela deseja o Paraíso
Mas anseia arder nos beijos dele
Canta seu nome em sussurros roucos
quando a noite sangra o céu.
Seus olhos febris deliram
Imploram salvação em meio à vertigem
Mas só ele tem o veneno doce
Só ele a despe veste em silêncio e paz.

Ela deseja o Paraíso
Mas quer as mãos dele como chamas em sua pele
Um toque que incendeia e consome
Enquanto o perigo a faz estremecer
Na mesa: uvas, vinho, luxúria
Tarde dourada em delírio lento
O Paraíso em brasas
E ele, um deus sombrio, a vê se render.

Ela deseja o Paraíso
Mas implora por sua boca na dela
Entre sonhos úmidos, geme o nome dele
Quando o céu, ainda trêmulo, amanhece
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