A presença feminina em cargos estratégicos tem sido uma das forças mais relevantes na reinvenção da cultura organizacional nas empresas brasileiras. De acordo com levantamento da consultoria McKinsey, companhias com maior representatividade feminina na liderança apresentam 25% mais probabilidade de obter performance financeira acima da média. Ainda assim, a participação é desigual, com somente 17% das posições de alta liderança no país são ocupadas por mulheres.
Para Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas com atuação nacional nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia, a mudança no perfil da liderança tem transformado não apenas os resultados, mas também a forma como as empresas se relacionam com suas equipes e com o mercado. “Mulheres têm promovido um novo estilo de gestão: mais colaborativo, mais empático e atento às transformações sociais e à escuta ativa das equipes”, analisa.

Segundo ela, esse modelo impacta diretamente na construção de ambientes de trabalho mais seguros, diversos e orientados ao bem-estar. “É uma liderança que compartilha responsabilidades e que vê a vulnerabilidade como um elemento de força. Isso rompe padrões tradicionais e cria espaço para decisões mais humanas e sustentáveis”, afirma Carla.
Apesar dos avanços, os obstáculos permanecem. Dados do IBGE mostram que, mesmo com maior escolaridade média, as mulheres seguem sub-representadas nos espaços de poder corporativo. O relatório Women in the Workplace, também da McKinsey, aponta que o funil de acesso começa a se estreitar já nas primeiras promoções para cargos de coordenação.
A desigualdade, segundo Carla, não é fruto apenas de escolhas individuais, mas de estruturas organizacionais que ainda reproduzem padrões excludentes “Há uma resistência estrutural que precisa ser enfrentada com políticas claras de equidade, programas de mentoria para mulheres e metas de representatividade real nos conselhos e diretorias”, pontua. Ela destaca que transformar a cultura de uma empresa exige decisões de cima para baixo, e que a diversidade só se consolida quando há uma mudança intencional e estratégica.

No SERAC, que atende mais de 3 mil clientes em 20 estados brasileiros, a liderança feminina está presente em diferentes níveis hierárquicos. Para Carla, essa composição diversa tem possibilitado decisões mais conectadas às necessidades do time e dos clientes. “Quando as mulheres lideram, elas não replicam o modelo masculino. Elas reconstroem o modelo. E isso impacta diretamente na cultura e nos resultados”, conclui.
Além dos ganhos de performance mapeados por consultorias como McKinsey e Deloitte, a presença feminina na liderança tem contribuído para a redução do turnover, fortalecimento da reputação da marca empregadora e maior engajamento dos colaboradores, fatores estratégicos para a sustentabilidade dos negócios no médio e longo prazo.

Carla Martins é vice-presidente do SERAC. Atende grandes empresários e personalidades da mídia, direcionando o crescimento sustentável de diversos negócios. Possui qualificação e acredita muito no poder de gestão de negócios e no empreendedorismo feminino. Como Vice-Presidente do SERAC busca direcionar novos empresários a alcançarem o próximo nível com soluções contábeis, jurídicas e de gestão, impactando positivamente vidas de clientes, parceiros, colaboradores, amigos e familiares. Carla é contabilista formada em Marketing pela ESPM e pós-graduada em Big Data e Marketing.
O SERAC é referência nacional em contabilidade, educação e gestão corporativa e BHub, startup especializada em soluções tecnológicas de backoffice. Com mais de 10 mil clientes e presença em todo o território nacional, essa união visa transformar o setor contábil por meio de automação, formação e parcerias estratégicas.
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