Preta da cor da noite que sussurra segredos
Dos mistérios antigos que o tempo não apaga
Preta como o ébano que resiste aos séculos
Como a sombra que dança sem jamais se cansar.
Preta de olhos que guardam tempestades e estrelas
De sorriso que acende caminhos na escuridão
Preta do passo firme, da palavra certeira
Que carrega em si a alma da revolução.

Ela é ancestralidade que pulsa no sangue
É tambor que ecoa no peito da história
É ferida cicatrizada em forma de coroa
É vitória escrita com traços de glória.
Preta de turbante, de trança, de pele dourada
De realeza que não precisa de trono para brilhar
De beleza que não se mede em padrões
Mas no brilho dos olhos de quem sabe amar.

Preta que é mulher, é mundo, é múltipla
É flor que nasce no concreto e desabrocha no caos
É poesia viva, é fogo e calmaria
É abraço, é furacão, é canto ritual.
Tão preta, tão cheia de graça e coragem
Tão cheia de raça, de alma, de cor
Preta que não se curva, que encanta, que ensina
Preta feita de luz, feita de amor.
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