Dolce Criança
Cynthia Wood Passianotto
O medo faz parte do desenvolvimento e é natural aparecer em bebês de poucos meses
Um bebê de 7 ou 8 meses pode se assustar com pessoas estranhas e chorar e logo depois, se esta pessoa tentar pegá-lo no colo, ele vai se recusar a ir. Neste caso percebemos que o medo é uma questão de proteção. Não sentir medo é perigoso! Ainda por esta idade, pode se ter medo de pessoas estranhas e barulhos altos, como trovões e sirenes.
De 1 a 2 anos, medo de animais de estimação, insetos, palhaços, Papai Noel, pode surgir. Aos 3 anos pode aparecer o medo do escuro e de separação da mãe.
O bebê geralmente chora muito quando está com algum medo e evita as situações ou lugares que tem coisas ou pessoas que o deixam com medo.
A primeira coisa que os pais devem fazer é não rir do medo dos filhos ou achar que é bobagem e forçar a criança a situação. Por exemplo, se a criança tem medo de cachorro, forçá-la a acariciar um cachorro pode piorar a situação; ou se está com medo de dormir em seu quarto escuro, brigar com a criança e apagar a luz, também. Neste caso, os pais precisam ter calma, colocar um abajur no local e reassegurar à criança de que, mamãe e papai estão no quarto ao lado e que monstros não existem etc.
Em algumas situações de medo, os pais devem ir além e dizer algo como: “… mesmo que existisse tal monstro, eu daria um soco no nariz dele e um pontapé no bumbum que ele fugiria correndo e nunca mais voltaria… “
Muitos livros infantis falam dos medos de uma forma lúdica. Ler tais livros com os filhos permite que o assunto surja em um momento lúdico e ajudar a criança falar dos seus, sem realmente estar sentindo-os.
Cynthia Wood Passianotto é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
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