Estrangeiros no Brasil

Tripdicas Dolce

Andrea Barros

Você já parou para pensar como o estrangeiro vê o Brasil? Eu tive duas experiências e é o que eu conto para você hoje

Você já parou para pensar como um estrangeiro vê o Brasil na primeira vez que visita o país? Eu tive duas experiências nesse sentido quando recebi uma belga e uma japonesa em casa para mostrar a elas as belezas do Brasil. E digo que foi, no mínimo, interessante.

Coincidentemente elas vieram no mesmo ano, mas em meses diferentes e ficaram na minha casa. Naquela época eu morava sozinha em um apartamento pequeno com apenas um quarto, então elas dormiram em um colchão na sala. Até aqui sem problemas, já que a moradia no Japão e na Europa costumam ser pequenas.

Uma amiga fez um jantar maravilhoso para a belga com uma variedade de frutas que eu nunca tinha visto. Comprou a melhor cerveja brasileira, fez um peixe e nos recepcionou em sua casa. Foi aí que a coisa começou a desandar… Minha amiga estrangeira detestou a cerveja brasileira e não quis provar as frutas. Nunca fiquei tão sem graça em toda a minha vida. No meu ponto de vista o jantar foi maravilhoso, mas para a minha amiga belga foi só um jantar.

Em outro dia, para usar as palavras dela: “Quero ver o povo brasileiro”. Quando saímos do metrô na ladeira Porto Geral ela ficou maravilhada! Fomos andando até o Mercadão e ali eu vi que ela estava gostando. Ela ainda conheceu o Rio de Janeiro e Salvador e foi somente na capital baiana que vi os olhos dela brilharem. No entanto, a indignação dela com o ouro das igrejas do Pelourinho me marcou muito. “Todo esse ouro daria pra matar a fome de muita gente aqui no Brasil”, ela me disse.

Já a japonesa adorou o Brasil, mas não conseguiu entender as favelas, as pessoas pedindo dinheiro nas ruas, os moradores de ruas embaixo de viadutos. Isso para ela foi um ponto de interrogação que me fez ver que só que nasceu aqui pode compreender algumas coisas que acontecem no nosso país. Ela amou o Rio de Janeiro e, completamente alheia ao perigo, queria andar no calçadão de Copacabana de madrugada. Depois foi com uma amiga brasileira conhecer os Lençóis Maranhenses e me disse que ela achou maravilhoso.

Duas nacionalidades, dois olhares totalmente diferentes para um país aberto aos turistas, mas difícil de entender. Para nós, brasileiros, nosso cotidiano é formado por diferenças, indiferenças e contrastes. São coisas que passam por nós todos os dias e nem reparamos mais ou fazemos que não vemos e que, para um turista, é muito difícil de entender.

Essas visitas me mostraram que o Brasil é sim um país maravilhoso, bonito e rico em diversos tipos de coisas, mas que é difícil para um estrangeiro compreender do que o Brasil é feito: contrastes.

Até a próxima!

Andrea Barros é paulistana, libriana com ascendente em leão, mãe de dois shitzus (o Tom e o Luke), profissional de Turismo e já estevem em mais de 50 países. E contanto… 

@travessadavida

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Poesia de Rodapé

Autora: Andrea Lucia Barros

Editora: Opera Editorial

100 páginas

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