Olá, queridos leitor e leitora da Dolce Fashion!
Mais uma matéria com a qual encerro sobre o tema do casamento, neste mês de maio, o mês das noivas.
E hoje, trato sobre os principais símbolos do casamento. Na maioria das vezes, as pessoas nem sabem o porquê é usado este ou aquele símbolo, e nem sua história e origem. Vamos sonhar juntos com cada parte e imaginar como eles são importantes para marcar este dia especial e festivo.
O anel
Independente das lendas e histórias de culturas diferentes e ancestrais, o significado se perpetua como um símbolo de amor e compromisso em praticamente todas as culturas do mundo. É um dos maiores símbolos do matrimônio. Um anel no dedo anelar da mão direita é o objeto que simboliza a aliança entre o casal. Usado para simbolizar o compromisso entre duas pessoas, é utilizado para marcar o dia da confirmação do seu amor e de seu desejo em começar uma vida juntos perante a sua religiosidade, família e amigos.
Os historiadores acreditam que os primeiros exemplos de alianças foram encontrados no Egito. Eles consideravam o círculo como símbolo da eternidade, já o anel, significava o amor perfeito entre o casal.
Também devido aos egípcios, usar aliança no dedo anelar da mão esquerda é porque acreditavam que é neste dedo que se encerra uma veia especial que estaria ligada ao coração, “vena amoris“, em latim, significa “veia do amor”. Na tradição hebraica, o uso do anel tem o significado de pacto, compromisso e voto.
Já nos século IX, o cristianismo adaptou o uso do anel como um símbolo de fidelidade e união entre casais cristãos.

O vestido branco
O vestido de noiva branco, com sua simbologia, começou como uma tradição há mais ou menos 100 anos atrás. É a cor escolhida pela maioria das noivas, algumas também escolhem as variações de tons de branco, como off white, nude, casca de ovo, entre outros, a partir do gosto de cada noiva.
Ele muda de acordo com cada cultura e religião, tomando outra forma de expressão. As noivas geralmente escolhem o vestido de noiva branco, que foi popularizado no século XIX, pela Rainha Vitória, em 1840 após seu casamento monárquico com o Príncipe Albert. Ela usou um lindo vestido rebordado com a renda Honiton, originária da cidade de mesmo nome na Inglaterra, e que marcou seu uso em muitos casamentos na era Vitoriana e era utilizada em bodas, festas e funerais.
Antes da era Vitoriana, as noivas usavam qualquer cor de sua preferência. Imagine, que antes deste evento, como foram os séculos de vestidos coloridos e muito personalizados. As cores escolhidas pelas noivas tinham a ver com os brasões da família ou com algum símbolo de representação para ela.
Também se têm relatos históricos documentados de que a primeira noiva a usar um vestido branco foi a Rainha Philippa da Inglaterra, em 1406, que usou uma túnica com uma capa de seda branca, com pele de esquilo cinza.
Maria da Escócia também se casa com vestido branco em seu primeiro casamento em 1559, com Francis Dalphin.

Chuva de arroz
A chuva de arroz é um símbolo muito usado em todos os países e em diversos tipos de casamento religioso, como símbolo de felicidade e fertilidade para os noivos. Há uma história de que foi na China que esta tradição surgiu, quando um mandarim havia encomendado uma chuva de arroz para o casamento de sua filha para mostrar a sua riqueza e seu amor.
Também usado como uma forma de valorizar os ancestrais camponeses que, de geração para geração, levaram a fartura para todos de sua família.
Hoje em dia este ritual está sendo substituído por chuva de pétalas de rosas, bolhas de sabão, confetes, etc. Todos, assim como a chuva de arroz, simbolizam o desejo de muita prosperidade e felicidade para os noivos.
O cerimonialista pode sugerir o que mais combina com o tipo de casamento e o gosto dos noivos, lembrando que a surpresa pode ser um diferencial.

A valsa
A valsa dos noivos teve origem na Áustria e na Alemanha no início do século XII, e era considerada uma dança folclórica.
A palavra “valsa” deriva da palavra alemã “walzen”, que significa deslizar, rolar, virar. A partir do século XVI, a valsa foi aceita pela alta sociedade, passando a integrar bailes e festas como uma dança clássica. No Brasil ela chega junto com a transferência da corte portuguesa em 1808.
Nos casamentos, ela é a primeira música dançada pelos noivos na abertura da festa. Simboliza a unidade e a apresentação à sociedade como marido e mulher. Uma das mais tocadas é a Danúbio Azul de Johann Strauss II.
Hoje em dia ela vem sendo substituída pela dança que marcou a história dos noivos ou com alguma outra tendência da moda, que possa ter a ver com tema usado no evento e também interpretações musicais como, por exemplo, o tango, que atrai muitos noivos pela coreografia.

O véu
Na Grécia antiga, a noiva cobria o rosto para proteção contra os maus espíritos, assim como na cultura romana se cobria todo o corpo com um véu longo nos tons amarelo e vermelho, com a mesma finalidade de proteção.
Já na idade média, o véu pertencia à nobreza e fazia parte do vestuário feminino, protegendo a pele e os cabelos do sol e dos insetos.
No cristianismo tem significado religioso e até 1960 era muito tradicional, está ligado à pureza e à santidade, ao aspecto angelical. Cada cultura traduz a sua maneira como é visto em cada tempo. Mas hoje, com a modernidade, além da pureza e da proteção, o véu de noiva é visto como um acessório que complementa a beleza, a elegância e a sofisticação.
Diferenças entre o véu e a mantilha
Ambos são usados como acessório para cobrir a noiva, mas a diferença entre eles é principalmente a complexidade dos detalhes. Ambos magníficos, o véu com estilo mais simples e a mantilha com bordados e rendas.

O brinde dos noivos
O brinde está muito presente na nossa cultura ocidental, entretanto algumas culturas têm suas próprias tradições, nas quais o consumo de uma bebida está ligado a celebração e honra.
A origem do brinde é envolta em lendas e teorias, mas geralmente é associada a rituais antigos, tanto religiosos quanto de paz e segurança. A prática teria se espalhado da Grécia e de Roma, onde se erguia as taças de vinho como oferenda aos deuses ou como forma de garantir a segurança de uma bebida, já que o envenenamento era comum.
Na Inglaterra, no século XVI, havia o costume de colocar um pedaço de pão torrado dentro da taça de vinho para amenizar a acidez da bebida. Era comum as pessoas pedirem por um “toast” ao invés de apenas um vinho; e assim nasceu a palavra que faz referência ao brinde.
No ritual físico e verbal do brinde, levantar o copo em direção a alguém ou a algum evento e beber em seguida é sinal de envio de uma mensagem clara de alegria ou de felicitação com a pessoa ou à coisa indicada.
O importante é que a tradição do brinde é uma atitude milenar e fala a respeito da saúde e da vida em forma de agradecimento e comemoração. Como profissional na área de eventos e etiqueta, posso assegurar que nunca poderia faltar o brinde em qualquer evento que tenha a finalidade de festejar e comemorar. Por isso o brinde é indispensável. Cheers!
Espero que tenha apreciado o saber e o charme destes símbolos, pois eles fazem parte da vida de todos nós, afinal, sempre há casamentos ocorrendo, seja em nossa família ou entre nossos amigos e conhecidos, não?
Também espero, de coração, que tenha gostado dos textos nos quais dei dicas e conteúdo muito importante escritos sob o prisma da etiqueta de eventos de casamentos. E a você, leitor e leitora, que tais lhe possa ser úteis em seu casamento ou no de um amigo, amiga, parente, filho, filha, enfim, nos quais você possa contribuir de alguma forma.
Agradeço sua leitura e até a próxima.
Um grande abraço!
Ainda não há comentários para esta publicação