Durante décadas, escalar atendimento, vender em múltiplos canais e oferecer experiências fluidas ao cliente eram práticas restritas às grandes corporações. Equipes robustas, orçamentos milionários e tecnologia exclusiva delimitavam o que parecia ser uma barreira intransponível para pequenos empreendedores. Mas essa lógica vem sendo desafiada. A automação, combinada à inteligência artificial e a ferramentas mais intuitivas, está transformando o cenário e permitindo que negócios de pequeno porte entreguem resultados com a mesma eficiência, ou até superior aos dos grandes players.
É nesse novo contexto que atua Luiz Santos, fundador da Unnichat, plataforma de CRM e automações via API oficial do WhatsApp. Sem transformar o tema em algo técnico ou inatingível, Luiz explica como a evolução das plataformas e da experiência do usuário contribuíram para democratizar a tecnologia. “Com o Unnichat, por exemplo, pequenos negócios conseguem integrar sistemas de pagamento, criar automações com mensagens prontas e acompanhar o cliente durante toda a jornada, tudo isso sem precisar de desenvolvedores. As ferramentas no-code, como Make e N8n, também ajudaram muito nisso. Hoje, qualquer empreendedor consegue montar soluções eficazes com facilidade, economizando tempo e dinheiro”, afirma.

Na prática, a automação passou a ser um divisor de águas para negócios enxutos, especialmente os que não contam com uma equipe comercial estruturada. Luiz destaca que quatro frentes de ação têm trazido resultados concretos para esses empreendedores: transmissões ao vivo (as chamadas LiveShops), que geram picos de vendas e captação de leads qualificados; interações por mensagens diretas, stories e comentários em redes sociais, que se convertem em vendas de forma direta; uso de webhooks para disparar comunicações automáticas após uma compra ou em casos de abandono de carrinho, fortalecendo o contato imediato e o pós-venda; e as campanhas em massa via broadcast, que mantêm o relacionamento com os clientes ativo por meio de ações como felicitações de aniversário, promoções exclusivas e novidades relevantes. Segundo Luiz, todas essas estratégias podem ser implementadas de maneira simples e acessível por meio de plataformas como a Unnichat, sem que o empreendedor precise dominar programação ou contar com grandes equipes.
Entre os exemplos que ilustram essa mudança, Luiz cita o caso do Bruno Suplementos, uma loja tradicional da Baixada Santista com atuação física consolidada, mas sem bons resultados no digital. “Eles tinham um e-commerce que vendia bem, mas tinha grande potencial de melhora. Criamos uma estratégia de LiveShop e, na primeira ação, o faturamento online cresceu 130%. Além disso, os clientes que participaram da live foram direcionados para grupos no WhatsApp, onde continuaram comprando nos dias seguintes”, conta. A automação de pós-venda entrou em cena com força: 30 dias após a compra, o cliente recebia uma mensagem personalizada lembrando de recomprar suplementos como Whey Protein, promovendo um ciclo constante de vendas.
Mas os impactos da automação vão além do varejo tradicional. Luiz relata o caso de uma cliente que promoveu um lançamento digital em três idiomas diferentes, português, inglês e espanhol, com 700 grupos de WhatsApp ativos simultaneamente. O atendimento, que antes exigia uma equipe de 66 pessoas, foi feito com apenas 18 profissionais, graças à IA e à automação inteligente. “É uma diferença brutal. E o mais interessante é que a cada nova ação, a inteligência artificial aprende mais, se adapta melhor e traz resultados ainda mais otimizados”, explica.

A pergunta que surge é inevitável: a automação permite que pequenos negócios compitam em pé de igualdade com grandes marcas? Para Luiz, a resposta é um claro “sim”, desde que ela seja usada para resolver gargalos reais e com estratégia. “Automação não é modismo. Não é sobre colocar um chatbot por colocar. É sobre entender onde está a perda de tempo, onde o cliente está se perdendo no funil, e usar a tecnologia para recuperar essas oportunidades. Muitas vezes, é o pequeno que tem mais liberdade para aplicar soluções simples com velocidade, enquanto o grande está travado em processos burocráticos”. O segredo, diz ele, está na combinação entre escala e personalização. Com automações bem aplicadas, é possível simular estruturas maiores, manter um relacionamento constante e ainda oferecer respostas rápidas e precisas, sem abrir mão do toque humano quando necessário. “A IA entra para lidar com tarefas repetitivas e simples. Já o time humano precisa estar disponível para as conversas complexas, que exigem escuta ativa, criatividade e conexão emocional. Isso não é tirar o emprego de ninguém, é valorizar o que só os humanos podem fazer bem”. conclui Luiz Santos

Luiz Santos, fundador da Unnichat
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