Por Eduardo Marcondes Suave
Você já parou para pensar no que é autoestima e como está a sua? Autoestima é o olhar que você lança para si mesmo quando se vê no espelho. É a forma como você se percebe física, emocional e intelectualmente — e essa visão define o quanto você se valoriza e permite ser valorizado. Conhecer sua autoestima pode ser o primeiro passo para construir relações mais saudáveis e uma vida mais leve.
Existem quatro tipos de autoestima. A autoestima elevada, que pode parecer positiva, mas, em excesso, faz com que a pessoa enxergue ser mais do que realmente é. Quem se “acha demais” tende a ignorar críticas construtivas, o que gera estagnação. Tratar os outros com superioridade afasta pessoas e gera conflitos. Tudo isso traz sofrimento e frustração, pois o problema não está nos outros, mas na régua que você usa para medi-los.

Já a autoestima baixa atua como um reflexo distorcido. Mesmo pessoas competentes e admiráveis se sentem insuficientes, minimizam suas conquistas e se culpam por tudo. Isso não só limita seu crescimento, como também o torna vulnerável a relações desequilibradas e manipulações emocionais.
Na autoestima frágil, a percepção de valor depende da validação externa: elogios são essenciais, mas críticas desestabilizam. A pessoa se molda para agradar e vive em busca de aprovação — nas redes sociais, no trabalho, nas relações pessoais. Essa instabilidade emocional mina sua autonomia e afasta a autenticidade nos vínculos.
Por outro lado, a autoestima boa é o reflexo real: a pessoa reconhece quem é, valoriza seus pontos fortes e trabalha suas falhas. Ela não se guia pela opinião alheia, mas pela própria régua. Recebe críticas com maturidade, impõe limites e se respeita — por isso, é respeitada. É um estado de equilíbrio que permite evoluir sem se perder.

Se essa ainda não é a sua realidade, não se preocupe: autoestima é algo que se constrói. O primeiro passo é aprender a se olhar com mais gentileza e honestidade. A boa autoestima não é um ponto de chegada, é um caminho. E, quando ela se fortalece, o espelho apenas confirma aquilo que, no fundo, você já sabe sobre si.
Em uma próxima oportunidade, tratarei de como se pode trilhar esse caminho. Para aprofundamento, recomendo leituras como Os Seis Pilares da Autoestima (Branden, 2002), Self-Compassion (Neff, 2011) e artigos de autores como Baumeister e Rosenberg, que analisam os impactos reais da autoestima em nossas vidas.
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