Distante de ti, vivendo apenas com o eco do teu olhar em fotografias esquecidas, sinto o ar escapar dos meus pulmões. Não há razão além dessa compulsiva necessidade de seguir tua vida sem minha presença. Como se fosses minha única fonte de energia, estou longe de te observar de perto.

Fora do alcance das minhas mãos, o sol que brilha no firmamento já não traz a mesma luz. A lua, antes nossa confidente, não reflete mais como costumava. Meu sorriso é frágil e distante, e não são meus braços que te envolvem nas imagens. Segues bem sem mim, e minha tristeza me consome.

Distante de sentir teu perfume, recuso-me a permanecer neste estado febril, nesta necessidade profunda de saber onde, quando e com quem estás. Roubaram-me minha própria companhia. Talvez adoeça na esperança de encontrar-me entre tuas mais queridas lembranças, percebendo que sou eu, e somente eu, que vai eternamente te amar.

Longe da tua presença, ah, minha doce obsessão. Amarro correntes no meu pescoço, sufocando meu coração apaixonado! Minha liberdade reside nessa obsessão por notícias, esperando que ainda penses em mim. Uma loucura desmedida, uma fixação em tuas divulgações banais e insignificantes. Nessa distância, meu vício é me iludir em não ser apenas parte de teu passado.