Período da Idade dos Metais
Recapitulando!
Viajamos através da leitura pelos períodos da Pré-História, Arte do Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), Arte Neolítico (Idade da Pedra Polida) e aqui finalizaremos com o último período da Pré-História, A arte na Idade dos Metais.
Ufa! Quanta evolução até aqui!
Afinal, “A existência é um termo da evolução”, não é mesmo Charles Darwin!?
Teremos muito pela frente!
Venham comigo!
Respire Arte!
No começo da Idade dos Metais, a espécie humana que habitava o planeta era o homo sapiens, o “homem sábio”, cuja principal característica era a sua inteligência.
Em um primeiro momento o homem apenas extraia os materiais da natureza. Com o domínio do fogo, pedras e madeiras, desenvolveu técnicas de fundição e deu início a metalurgia.
O desenvolvimento da metalurgia e a expansão das técnicas de fundição na Idade dos Metais propiciaram uma enorme conquista tecnológica para a humanidade. Fez muito avanços na evolução de ferramentas e armas que lhe condicionaram uma melhor qualidade de vida.
A Idade dos Metais segundo a história se passa em três momentos, como iremos ler a seguir:


A idade do Cobre
O cobre foi o primeiro metal a ser fundido pelas sociedades pré-históricas.
Os antropólogos acreditam que os homens pré-históricos criaram a fundição após um acidente ocorrido em Anatólia (atualmente localizado na Turquia). Segundo a lenda, uma quantidade de minério de cobre caiu nas chamas de uma fornalha. Neste momento, as pessoas observaram que o metal derretia quando aquecia e endurecia depois de resfriado.
Após analisar o processo, foram criados métodos de fundição. O cobre de cor verde era colocado em buracos no solo revestidos com pedra e aquecidos em temperaturas que variavam de 650°C até 700°C. O elemento derretido e em estado incandescente era inserido em moldes talhados na rocha em que foram retirados. Depois de resfriados, era realizado o acabamento com a fricção de pedras com distintos formatos.
Neste período os principais objetos confeccionados foram os artefatos domésticos como potes, copos, vasilhas e facas; Armas que facilitavam a caça como lanças, facões e machados; Armas de guerra como espadas e escudos; Objetos artísticos como esculturas e máscaras e ferramentas agrícolas como enxadas e arados.


Idade do Bronze
A liga de cobre com arsênio ou cobre com estanho gerou o bronze, que passou a ser utilizado como matéria-prima na produção capacetes, machados, lanças martelos, facas, entre outros objetos.
O processo de fundição do bronze era igual ao do cobre com técnicas mais avançadas.
Acredita-se que os primeiros a descobrirem esse novo metal foram os mesopotâmicos. A fundição era realizada com métodos aprimoradas, em forno elaborado com paredes de pedra que permitiam atingir temperaturas de até 1.200°C. O bronze derretido era inserido em moldes de pedras no formato desejado e para os objetos complexos eram criados moldes em conjunto.
O avanço neste deste período propiciou a substituição de alguns instrumentos de pedra e cobre pelo de bronze, aumentando a qualidade e a durabilidade, o estreitamento das relações comerciais para venda de artefatos em troca de matéria-prima e o uso do bronze para a criação de objetos artísticos e de adorno.


Idade do Ferro
A descoberta do ferro para a produção dos materiais foi impactante pois o ferro, além de ser mais durável, é também muito mais abundante facilitando a produção de materiais. Além disso o ferro caracteriza-se por ser maleável.
O processo de fabricação do ferro era diferente dos metais anteriores. O material triturado, juntamente com o carvão, era colocado em uma forja, contudo não alcançavam o ponto de fusão do ferro (1530 º C) e o material obtido era cheio de impurezas.
Então o ferreiro trabalhava novamente em cima desse ferro, mas em um segundo forno. Após um longo e repetitivo processo de aquecimento e martelagem era obtido um material de qualidade. Depois o ferro era enviado novamente para o forno e novamente batido para formar uma massa esponjosa.
A técnica era repetida até formar uma barra de ferro pura, resistente e maleável. Os objetos eram posteriormente moldados, acabamentos criados e falhas corrigidas. O domínio do ferro permitiu criar ferramentas para auxiliar no plantio agrícola, como a enxada e o arado de metal. Também colaborou para criar utensílios domésticos (potes, facas, panelas) e melhorar a construção de casas, pontes e fortalezas militares.
O ferro passou então a ser dominante da confecção de ferramentas, armas e utensílios e paulatinamente substituiu o bronze.
Diante da evolução deste período permitiu, portanto, a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e consequentemente, o desenvolvimento do comércio e o aumento da população.



No final da Idade dos Metais, surgiram as primeiras cidades e foram estabelecidas novas relações sociais.



O manuseio do metal possibilitou a produção de ferramentas e armas | Foto: Reprodução – Slide Player
Para finalizar o período da Pré-História lembrei desta frase da Clenir Terezinha Corá, escritora, licenciada em Artes e Especialista em Arte e Educação: “A Arte Contemporânea está em evidência, mas o que seria dela sem a Pré-História?”
Quem somos nós sem a história, sem a nossa história?
Espero por sua leitura!
Até logo! Não perca o próximo período de nossa história com Arte!
Abraços
Amanda Sanzi
Referências:
CHILDE, Gordon. Los origenes de la civilizacion. Fondo de Cultura Económica, Mexico, 1996.
PINSKY, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Contexto, 2011.
FUNARI, Pedro Paulo; NOELLI, Francisco Silva. A pré-história do Brasil, Editora Contexto, 2015.
ZAMBONI, Ernesta. Os antigos Habitantes do Brasil, Imprensa Oficial.
Mateus Oka
Cientista social pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), realiza pesquisas na área da antropologia da ciência.
Amanda Sanzi é artista visual, moradora do Morumbi e expressa sua compreensão do mundo através de suas obras!
Imagem destacada da Publicação

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Comentários
Parabéns, Amanda, sua matéria é maravilhosa.