Skip to content
Despertar o melhor de cada pessoa através do autoconhecimento, da autenticidade e da conexão com sua verdadeira essência

Apatia feminina: o silêncio que enfraquece a sororidade

Design Dolce sob imagem por LvNl em Canva

Mas ela ainda pode ser revista, ressignificada e substituída por vínculos mais maduros, conscientes e nutritivos

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do Portal. Sua publicação é no sentido de informar e, quando o caso, estimular o debate de questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

Entre mulheres, fala-se muito sobre sororidade, acolhimento e ajuda mútua. Entretanto, no dia a dia, observamos um movimento ambíguo: relações que aparentam proximidade, mas que não se traduzem em atenção, respeito ou consideração. Em alguns momentos, essa desconexão se expressa de forma silenciosa — na cordialidade que cumpre o protocolo, mas não acolhe de fato. Em outros, ela surge no extremo oposto: na comunicação agressiva disfarçada de gentileza, quando por exemplo um convite para estar junto vem acompanhado da limitação da escuta, da expressão e da autonomia. É a presença que chama, mas não permite que à outra exista verdadeiramente.

A apatia pode estar presente no modo de receber alguém, de responder a uma mensagem, de conduzir uma conversa ou de participar de uma reunião. Manifesta-se quando alguém interrompe constantemente, quando não permite que o outro conclua uma ideia, quando ignora uma contribuição, quando não reconhece um esforço ou quando desconsidera um pedido simples. São gestos cotidianos que, somados, enfraquecem vínculos e desgastam relações.

Design Dolce sob imagem por Peshkova em Canva

A apatia que nasce da baixa autoconfiança

Embora a rotina acelerada e a sobrecarga possam favorecer o distanciamento afetivo, há situações em que a apatia está relacionada à baixa autoconfiança. Quando a mulher sente que pode perder espaço, relevância ou reconhecimento, a outra mulher pode se tornar uma ameaça — mesmo sem intenção.

Nesses casos, a apatia pode operar como um mecanismo de proteção e, ao mesmo tempo, de controle. Ela se expressa, por exemplo, quando:

  • A mulher corta a fala da outra, impedindo que ela se coloque.
  • Minimiza uma conquista, tratando-a como algo comum.
  • Não menciona, não apoia ou não legitima projetos importantes da outra mulher.
  • Ou ainda, quando demonstra certa satisfação em tornar a outra invisível — seja não reconhecendo seu esforço, seja não dando espaço para que ela brilhe.

Esse comportamento pode ocorrer em relacionamentos familiares, entre colegas de trabalho, em ambientes de liderança, em grupos de amizade ou até em círculos comunitários. E é muitas vezes justificado como “apenas sinceridade”, “jeito de falar” ou “a correria do dia a dia”, quando, na verdade, revela uma dificuldade de lidar com o protagonismo da outra mulher.

Design Dolce sob imagem por Dima Berlin em Canva

Quando a apatia evolui para manipulação

Há uma linha tênue entre a apatia recorrente e a manipulação relacional.

Quando a apatia se torna mecanismo de defesa constante, ela pode ser utilizada para:

  • Controlar a dinâmica de grupos
  • Gerar dependência emocional
  • Deslegitimar opiniões divergentes
  • Reforçar hierarquias

Nesse cenário, a apatia deixa de ser apenas ausência de cuidado e passa a ser um instrumento de poder — sutil, perigoso e profundamente corrosivo.

Apatia como traço e como ambiente

É importante reconhecer que:

  • Em alguns casos, a apatia se desenvolve como resposta à pressão, ao cansaço, ao acúmulo de funções.
  • Em outros, ela é um padrão estruturado de personalidade, construído em ambientes onde afeto, vulnerabilidade e expressão eram vistos como fraqueza.

Em ambos, o resultado é o mesmo: fragilização dos vínculos, perda de confiança e sensação de isolamento — mesmo quando existe convivência frequente.

Design Dolce sob imagem por Anete Lusina em Canva

O caminho de retorno

A boa notícia é que a empatia e a sororidade podem ser desenvolvidas.

Não exigem perfeição — exigem atenção.

Pequenos gestos são transformadores:

  • Escutar até o fim antes de responder.
  • Perguntar com interesse real: “Como você está?”
  • Reconhecer o esforço da outra mulher sem comparação.
  • Celebrar conquistas alheias sem sentir ameaça.
  • Estar disponível para apoiar, não para controlar.

A apatia feminina não se instala da noite para o dia. Ela é construída nos silêncios, nos cortes sutis, na ausência de validação e no hábito de evitar o encontro real. Mas ela pode ser revista, ressignificada e substituída por vínculos mais maduros, conscientes e nutritivos.

Sororidade não é apenas caminhar juntas.

É permitir que cada mulher exista inteira ao lado da outra.

E isso — todas nós podemos aprender e eu posso te ajudar.

Publicidade | Dolce Morumbi®

Publicidade | Dolce Morumbi®

Ana Kekligian atua há mais de uma década na área de desenvolvimento humano, motivando mulheres a reconstruírem sua autoestima, promovendo inteligência emocional, comunicação assertiva e uma cultura de alta performance baseada em motivação, estratégia e propósito, de maneira a fortalecerem sua autoconfiança e se reconectarem com sua identidade para viverem com mais leveza e realização.

Demais Publicações

Receitas que unem!

Existem receitas que unem gerações e são passadas de ano em ano e vai se transformando, modificando, algumas são aprimoradas, mas nunca esquecidas

As cortinas do meu infinito

É ali que sonho amores embalados pelos LPs que giravam na vitrola — riscadinhos, mas perfeitos para o coração em formação

O sonho da maternidade adiado pelo câncer, e agora?

Dr. Alfonso Massaguer explica como preservar a fertilidade durante o tratamento oncológico

Chapada Diamantina: o paraíso escondido no coração da Bahia

Descubra as belezas da Chapada Diamantina, na Bahia, um destino cheio de trilhas, cachoeiras e energia única

Quando a moda se torna floresta na COP30

O desfile “Vestir Amazônia, reflorestar o clima – Desfile-Manifesto da Assobio pelo Bem-viver” apresenta 25 looks de 15 marcas associadas à ASSOBIO e marcas convidadas

Chegada do Papai Noel no Butantã Shopping acontece neste sábado e promete tarde mágica

Cortejo musical e personagens natalinos celebram a vinda do Bom Velhinho às 14h

Painel Dolce Morumbi

School of Rock e Morumbi Town Shopping celebram o Dia dos Pais com evento gratuito e aberto ao público

Além dos shows de alunos da unidade, o encontro contará com atividades interativas, espaço kids, gastronomia diversa, exposições temáticas e um encontro de carros antigos

Butantã Shopping celebra o Dia dos Pais com show gratuito da cantora Luiza Possi

Apresentação acontece no sábado, dia 9 de agosto, a partir das 19h

Ateliê Contempoarte realiza a exposição “ARTMOSFERA” em agosto

Em tempos em que o planeta clama por ser escutado, a arte responde

As Mais lidas da Semana

No results found.

Publicidade Dolce Morumbi

publ-gisele-ribeiro-reiki-16.10.25-1-1
PlayPause
previous arrow
next arrow
banner-podcast-qgestao-juliana-divulgacao-1-1
PlayPause
previous arrow
next arrow
Imagem por Marcos Kulenkampff em Canva Fotos

Seções