Cachorro faz bem à pele?

Dolce Selfcare

Cecília Trigueiros

O que muita gente não sabe é que nem todos os heróis usam capa

Imagem por vkstudio em Canva Fotos

A data era 11 de Setembro e nunca nos esqueceremos dos esforços dos bombeiros naquele dia fatídico. O que muita gente não sabe é que nem todos os heróis usam capa. Em alguns casos, eles têm quatro patas!

Mais de 300 cachorros ajudaram soldados americanos a localizar vítimas dos atentados. Na ocasião, quando as torres gêmeas do World Trade Center desabaram e o mundo voltou os olhos para Nova York, os animais treinados entraram em ação para localizar mortos e feridos.

Trakr, um Pastor Alemão que vasculhou os destroços por dois dias, depois desmaiou devido à inalação de fumaça, e Riley, um Golden Retriever que ajudou a localizar os corpos de vários bombeiros, estavam entre os incansáveis cães na busca pela vida.

Já ouvimos falar de cães policiais, bombeiros ou cães-guia, mas você sabia que esses animais podem exercer outras funções para ajudar a vida de quem precisa?

“Cães de assistência” é o termo geral utilizado para designar os cachorros que auxiliam no bem-estar ou independência das pessoas. São três categorias principais: cães-guia (que acompanham deficientes visuais), cães-ouvintes (que auxiliam deficientes auditivos) e cães de serviço (que dão assistência a pessoas com deficiências motoras e crianças autistas).

E não para por aí, há também os cães de terapia e cães de apoio emocional, que atuam como suporte emocional para os humanos na vida diária, em hospitais ou centros de reabilitação.

Mas por que os pets são o “whisky engarrafado”?

“Nós amamos crianças e cães da mesma forma.”

É o que dizem vários estudos feitos no Japão. Eles indicam que a chave para isso está num hormônio, a ocitocina, que desperta a sensação de apego por outras pessoas e é liberado, por exemplo, nas mulheres durante o parto.

Nas experiências feitas pelos cientistas, cada voluntário falava sobre sua relação com o cachorro e depois brincava com ele durante meia hora. Enquanto isso, os cientistas contavam quantas vezes, e por quanto tempo, os cachorros fixavam o olhar em seus donos – uma forma de comunicação que nós, humanos, usamos com pessoas queridas. 

Ao final do exercício, faziam um exame para medir a ocitocina no sangue dos donos.

Adivinha só no que deu?

As pessoas mais ligadas aos cachorros tinham os maiores níveis de ocitocina.

Pontos para os doguinhos!

Imagem por Daniel Megias em Canva Fotos

É um amor do tipo exibir foto do cão no perfil das redes sociais, sentir saudade e passar noites em claro se o bichinho não estiver bem. Tem gente que faz testamento para o cachorro (como a bilionária americana Leona Helmsley, que deixou sua fortuna de US$ 12 milhões para a cadelinha Trouble).

Podem parecer maluquices, mas confirmam uma tendência: nossa ligação emocional com os cães está aumentando.

Os cachorros estão se tornando mais e mais nossa fonte de apoio”, diz James Serpell, biólogo da Universidade da Pensilvânia, nos EUA. “A tendência é que eles ocupem o vazio deixado por casamentos desfeitos e pela demora em ter filhos, muito comum hoje em dia.”

Mas por que entre tantas espécies no planeta, justo os cães?

A resposta é simples: porque eles nos entendem. Cães são animais muito bem qualificados para interpretar gestos e sinais humanos.

Cientistas chegaram à conclusão de que eles entendem o que um dedo apontado quer dizer e sabem seguir uma indicação humana. O teste é simples: basta esconder um pedaço de comida debaixo de dois potes e dar a dica para o animal. Quando a pessoa aponta com o braço, com a perna ou olha fixamente para o lugar, o cão entende e escolhe o pote certo. Pode parecer banal, mas lobos, gatos e macacos não passaram nesse teste!

Desculpem felinos, vocês são adoráveis, mas os doguinhos têm uma longa estória conosco!

Há aproximadamente 15.000 anos atrás, os lobos que perderam o medo dos homens e se aproximaram cada vez mais, inicialmente para catar restos de comida, dividiram a espécie entre Canis lúpus(lobos) e Canis familiares (nossos au-aus), aprendendo a latir para se comunicarem com os humanos, distinguindo-se dos lobos que somente uivam.

Daí por diante foi confirmada a melhor dupla do planeta, inseparável (quando a separação acontece, é por culpa dos humanos), fiel e companheira literalmente até que a morte nos separe!

Não é preciso ser um especialista para compreender o bem-estar que um amigo de quatro patas nos proporciona; quem tem um pet sabe bem do que eu estou falando, não é, pais de peludos bonitos?

Nossos bichinhos também contribuem para a diminuição da sensação de solidão, podem ajudar com a autoestima, auxiliando na transmissão de sensação positiva entre tantos outros benefícios, como o físico.

Imagem por Studio Russia em Canva Fotos

Sabe aquela preguiça de levantar-se da cama, ainda mais nesse frio?

Então, nem pensar se estivermos ao lado de um cachorro…

Meu Winston emite um lamurio baixinho quando precisa fazer xixi. Se não der certo, ele parte para a ação e pula em cima de mim (pesando 20 Kg), obrigando-me a andar na rua, e muito!

Já meu filho disputa uma pelada de primeira com o “irmão” de quatro patas, o brinquedo de pelúcia é atirado pela sala num vai e vem constante até a enorme língua despencar da boca, pedindo pausa para água. Nós cansamos, ele retorna intacto, com o rabo felpudo balançando e pronto para uma nova leva de vai-e-vens de brinquedo estripado.

A porta se abre e parece que se passaram anos toda vez que ele demonstra uma felicidade verdadeira ao nos avistar, pulando e rodopiando de alegria. 

É impossível deixar de abrir um largo sorriso com as brincadeiras e trapalhadas, esquecendo-nos dos problemas e terminando o dia com o aconchego tranquilo do nosso melhor amigo, esquentando corpo e alma.

Winston Churchill, eu sei, o nome é de primeiro-ministro, mas ele é um legítimo vira-lata que sofreu maus-tratos e atua como meu co-star em alguns tutoriais de maquiagem, recebendo elogios mil. Foi adotado durante o lockdown, trazendo alegria para nossa casa, assim como em tantas outras, ao longo da pandemia que nos isolou do convívio humano.

Quanto ao título que encabeça esse artigo, pode-se dizer que sim. Diversos médicos especialistas em alergia nos Estados Unidos, atestam que ter cães pode reduzir em muito problemas de pele em crianças, inclusive quando eles já estão no lar, ainda na gestação do bebê.

Mais provas de beleza?

Eu era muito alérgica à pelos de cães e gatos; com a convivência desde os três anos de idade, criei resistência e dei um tchau definitivo para as reações desagradáveis.

Portanto, com todo bem-estar que recebemos graças a esses seres incríveis, aliado à uma imunidade maior, é fato que cachorros nos fazem bem e pessoas felizes têm brilho nos olhos, serotonina e ocitocina em abundância, refletindo na aparência como um todo, inclusive na pele.

É a melhor terapia que o homem poderia desejar e, se for um cão adotado então, eu garanto que a satisfação é plena para ambos os lados.

Nossos membros caninos da família desejam apenas comida, atenção e amor. Pode deixar que todo resto é com eles.

Afinal, trata-se de uma amizade de longa data!

Cecília Trigueiros é formada em Marketing e maquiadora profissional e especialista em autocuidado e beleza. 

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Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

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