10 dicas para tornar o mercado de trabalho mais acessível para as mães

73% das mulheres já foram questionadas se tinham filhos em entrevistas de emprego, diz pesquisa da MindMiners; conheça a luta das mães para derrubar estereótipos

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Ser mulher no mercado de trabalho já é um desafio por si só, enfrentando obstáculos como disparidades salariais, preconceitos e limitações de ascensão profissional. No entanto, quando adicionamos a maternidade à equação, essas dificuldades tornam-se ainda mais complexas e acentuadas. 

O estudo inédito da empresa de consumer insights MindMiners, “Elas sobre elas”, mostra que 73% das mulheres já foram questionadas se tinham filhos em entrevistas de emprego, trazendo à tona um questionamento: a mulher não pode ser o que ela quiser, até mesmo mãe? 

Maternidade no mercado de trabalho

Já outra pesquisa, conduzida pela Fundação Getúlio Vargas, revela que quase metade das mulheres que usufruem da licença-maternidade acabam se afastando do mercado de trabalho após 24 meses, uma tendência preocupante que persiste por até 47 meses após o parto.

Este cenário evidencia uma realidade na qual ser mulher e mãe no ambiente profissional implica enfrentar discriminações, dificuldades de conciliação entre vida familiar e carreira, além de preconceitos que transcendem a maternidade. 

Elas trabalham onde quiserem!

Ainda segundo a pesquisa “Elas por elas”, 47% das mulheres perceberam uma desigualdade nas oportunidades de carreira disponíveis onde trabalham, sendo ocupadas mais por homens do que por mulheres.

Esse dado ressalta a persistência de uma disparidade de gênero no mercado de trabalho, especialmente em áreas consideradas masculinizadas, onde as mulheres enfrentam barreiras adicionais para avançar em suas carreiras e são sub-representadas em cargos de liderança.

É sempre muito prazeroso ver mulheres assumindo posições de destaque no meio corporativo, político, cultural, econômico. Seja qual for o segmento, precisamos comemorar e enaltecer, pois não há mais espaço para exclusão feminina na sociedade”, declara a fundadora do Instituto Mulheres do Imobiliário e autora dos livros “Proprietárias e Degrau Quebrado”, Elisa Rosenthal (veja matéria publicada aqui na Dolce). 

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Mãe é mãe! 

Outra pesquisa relevante é o estudo Cuidando de quem cuida”, realizado pela Genial Care, que revela que 86% dos cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são mães, destacando-as como as principais responsáveis pelo cuidado dessas crianças. Muitas mães optam por ajustar seus planos pessoais e profissionais para dedicarem uma atenção especial aos filhos com TEA, enquanto outras enfrentam o desafio de conciliar trabalho e cuidados com os filhos.

Cuidar de uma criança com deficiência é uma tarefa desafiadora, especialmente devido à falta de informação na sociedade. Além disso, muitas mulheres cuidam de seus filhos sem o apoio adequado, o que pode levar ao esgotamento e à depressão materna. Portanto, é essencial enfatizar a importância de uma rede de apoio para as cuidadoras”, alerta a Líder Clínica da Genial Care Academy, Mariana Tonetto.

Se cada um fizer sua parte, não precisamos ser guerreiras

É fundamental reconhecer o impacto mental e emocional das mães que lutam para conciliar suas responsabilidades familiares e profissionais. “A pressão para corresponder a padrões irrealistas de produtividade e disponibilidade muitas vezes resulta em estresse, ansiedade e sentimentos de inadequação”, comenta a psicanalista e Presidente do Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino), Ana Tomazelli.

Tomazelli também destaca que as mães que desejam contribuir para o sustento da família não deveriam ser penalizadas devido à sua condição parental. “As empresas e instituições devem adotar políticas inclusivas que reconheçam e valorizem a maternidade, garantindo igualdade de oportunidades e tratamento justo para todas as mulheres, independentemente do estado civil ou da parentalidade”, declara.

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Mercado de trabalho mais acessível para as mães

  1. Implemente políticas de licença-maternidade e parental flexíveis: licenças parentais que contemplam tanto mães quanto pais são cruciais para dividir responsabilidades, promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e possuir benefícios abrangentes pode auxiliar pais e mães a retornarem ao trabalho quando se sentirem prontos, reduzindo a pressão para voltarem mais cedo do que gostariam.

A Licença Parentalidade surge como uma alternativa justa e necessária, proporcionando não apenas apoio à mãe, mas também permitindo que os pais se envolvam desde o início no cuidado com os filhos” afirma a Chief of Staff da Genial Care, Malu Pizarro Melo. A Genial Care, rede de saúde atípica referência na América Latina, especializada no cuidado e desenvolvimento de crianças com TEA, é um exemplo de empresa que utiliza a licença-parentalidade, ela pode ser utilizada por qualquer pessoa após o nascimento, adoção ou colocação em guarda de um filho, incluindo filhos biológicos, adotivos ou enteados.

  1. Promova uma cultura de flexibilidade: permitir horários flexíveis, trabalho remoto e outras formas de flexibilidade pode ajudar as mães a equilibrarem suas responsabilidades familiares e profissionais de forma mais eficaz.
  2. Combata a discriminação no local de trabalho: sensibilizar os colaboradores sobre estereótipos de gênero e promover um ambiente de trabalho inclusivo pode ajudar a prevenir a discriminação contra as mães.
  3. Igualdade salarial: garanta que as mães recebam salários justos e iguais aos de seus colegas masculinos pela mesma função, reduzindo assim a disparidade salarial.
  4. Ofereça suporte emocional: estabelecer programas de apoio emocional e coaching pode auxiliar as mães a lidarem com o estresse e a culpa associados à conciliação entre trabalho e família.
  5. Crie redes de apoio: facilite a criação de redes de apoio entre as mães no local de trabalho, onde possam compartilhar experiências e recursos.
  6. Investimento em desenvolvimento profissional: proporcione oportunidades de desenvolvimento profissional acessíveis e adaptadas às necessidades das mães, ajudando-as a avançar em suas carreiras.
  7. Flexibilidade na progressão de carreira: adote políticas que reconheçam e valorizem as pausas na carreira das mães, garantindo que não sejam penalizadas por escolherem priorizar a família em determinados momentos.
  8. Educação e sensibilização: promova a educação sobre os desafios enfrentados pelas mães no mercado de trabalho e sensibilize os colaboradores para reduzir o estigma e a pressão social.
  9. Liderança inclusiva: estimule a liderança inclusiva, onde todas as vozes, incluindo as das mães, sejam ouvidas e valorizadas na tomada de decisões organizacionais.

A MindMiners é uma empresa de tecnologia que atua desde 2013 comprometida com a inovação para trazer soluções disruptivas para o mercado de consumer insights. Ao combinar pesquisa, tecnologia e inteligência de dados, a plataforma auxilia marcas dos mais diversos portes e segmentos a tomar decisões de negócio de forma eficiente a partir de dados confiáveis que traduzem o comportamento do consumidor. A companhia conta com um painel de respondentes proprietário e exclusivo, o MeSeems, que reúne mais de 5 milhões de pessoas de todo o país, elas compartilham ideias, preferências e rotinas, gerando um valioso banco de informações. Dentre os clientes que hoje integram a carteira da MindMiners estão Riachuelo, Vivo, BTG Pactual, Nestlé, Diageo e TikTok. Atualmente, conta com mais de 100 funcionários e almeja conquistar R$ 100 milhões em contratos até 2025.

Elisa Rosenthal é a fundadora e diretora-presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. Como mentora de profissionais de diversas áreas, ela continua motivando e preparando mulheres para cargos de liderança. Elisa foi a primeira paulista a ser certificada pelo curso de Liderança Avançada para Mulheres pela Shakti Fellowship, em parceria com a San Diego University, Califórnia. Reconhecida como LinkedIn Top Voices e TEDx Speaker, ela é uma influente colunista do Estadão Imóveise Exame Invest. Vencedora do prêmio A Voz Feminina do Mercado Imobiliário, Elisa possui formação em Arquitetura pelo Mackenzie, pós-graduação em Administração de Empresas com extensão em Negócios Imobiliários pela Fundação Getúlio Vargas e é formada como Conselheira de Administração pelo IBGC. Atualmente, ela está cursando pós-graduação em Urbanismo e o Futuro das Cidades pela PUCPR. Sua trilogia sobre liderança feminina para o LinkedIn Learning já alcançou mais de 25 mil alunos. 

O Instituto Mulheres do Imobiliário, primeiro e maior grupo feminino do setor imobiliário no País, dedicado à equidade de gênero na cadeia produtiva. Seu objetivo é promover igualdade e equidade, além de defender o meio ambiente, sustentabilidade, desenvolvimento econômico e inclusão social, especialmente para mulheres. Suas atividades incluem educação, geração de trabalho decente, acesso à habitação, apoio ao empreendedorismo feminino e combate à discriminação. O Instituto também promove relações positivas entre áreas urbanas e participação democrática na gestão urbana.

Mariana Tonetto é Terapeuta Ocupacional e certificada em Educação de Ensino Superior pela Harvard University, mestranda em Saúde da Comunicação Humana pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Atua como Líder Clínica da Genial Care Academy, núcleo de treinamento e desenvolvimento de Terapeutas da Genial Care. Possui ampla experiência no cuidado e desenvolvimento de crianças neurodivergentes, atuando nessa área por mais de 14 anos. Também é certificada internacionalmente em Integração Sensorial desde 2014, pela University of Southern California, e possui pós-graduação em reabilitação física e gestão de negócios.

A Genial Care é uma rede de cuidados de saúde atípica referência na América Latina. Especializada no cuidado e desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e suas famílias. Unindo modelos terapêuticos próprios, suporte educacional e tecnologia de ponta para maximizar a qualidade de vida e o bem-estar de todas as pessoas envolvidas no processo de intervenção. Atualmente conta com um time de mais de 200 pessoas, unidas pelo propósito de garantir que toda criança atinja o seu máximo potencial.

Ana Tomazelli é, psicanalista e CEO do Ipefem; Mentora de Carreiras, Executiva em Recursos Humanos, por mais de 20 anos, liderou reestruturações de RH dentro e fora do país. Com passagens pelas startups Scooto e B2Mamy, além de empresas tradicionais e consolidadas como UHG-Amil, Solera Holdings, KPMG e DASA (Diagnósticos da América S/A). Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP e membro do grupo de pesquisa RELAPSO (Religião, Laço Social e Psicanálise) da Universidade de São Paulo, também é pós-graduada em Recursos Humanos pela FIA-USP e em Negócios pelo IBMEC-RJ. Formada em Jornalismo pela Laureate – Anhembi Morumbi.

Fundado em 2019, Ipefem o Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas – Ipefem atua em três pilares, que podem acontecer coordenadamente ou individualmente: pesquisa, educação e terapia. Em Pesquisas, considera-se todas as modalidades técnicas de pesquisa que considerem recortes por gênero, orientação sexual e saúde mental. Em Educação, o instituto tem a Comunidade Ipê, uma plataforma de educação à distância, baseada em Lifelong Learning, dedicada a aulas expositivas e micro conteúdos de impacto. Em Terapia, o instituto já atendeu milhares de pessoas, oferecendo apoio terapêutico individual ou em grupo, podendo ser atendimentos gratuitos ou com valores simbólicos acessíveis.

Colaboração da pauta:

Temma Agência | Relações Públicas e Marketing Digital

Letícia Carvalho | [email protected]

Curadoria por:

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